A inserção atrasada de dados ocorre quando os dados de um determinado sensor são inseridos na plataforma ViGIE depois do que seria esperado, segundo o seu tempo de amostragem. Ou seja, para um sensor com um tempo de amostragem de 5 minutos, é esperado que os seus dados sejam registados na plataforma de 5 em 5 minutos.

Assim, é necessário perceber em que momento é que os dados inseridos são considerados em atraso:

O tempo de amostragem é igual ou superior a 2 minutos: 
São considerados em atraso os dados que são inseridos na plataforma com um tempo igual ou superior a 1.2 vezes o tempo de amostragem. Ou seja, para um sensor com um tempo de amostragem de 5 minutos, os dados serão considerados em atraso se forem inseridos 6 minutos após o último ponto de dados inserido.

O tempo de amostragem é inferior a 2 minutos:
São considerados em atraso os dados que são inseridos na plataforma com um tempo igual ou superior a 2 vezes o tempo de amostragem. Ou seja, para um sensor com um tempo de amostragem de 1 minuto, os dados serão considerados em atraso se forem inseridos 2 minutos após o último ponto de dados inserido.

Tanto em gráficos lineares como binários, os dados inseridos com um atraso temporal são realçados com uma cor distinta - cinzento.

Nota: os dados em tempo real são sempre apresentados num gráfico com uma linha colorida, consoante o parâmetro a ser exibido.

Esta sugestão visual ajuda a identificar os casos em que os dados não foram recebidos em tempo real.

A linha cinzenta nestes gráficos indica que os pontos de dados correspondentes foram inseridos após a sua ocorrência real. Este atraso pode dever-se a uma variedade de razões, que podem incluir fraca força de sinal do sensor, problemas de comunicação com o recetor, barreiras físicas, alguma contrariedade na rede da organização, etc.

Ao interagir com o gráfico, é possível aceder a informações adicionais sobre os pontos de dados atrasados. Clicando em qualquer ponto cinzento ao longo do gráfico, é possível ver a hora e a data específicas do momento em que estes dados foram inseridos no sistema ViGIE.

Por exemplo, uma medição foi inicialmente registada a 11 de abril, às 02:34. No entanto, devido a um atraso, só foi recebida e inserida no portal ViGIE a 11 de abril, às 07:01.

Esta funcionalidade é muito útil para analisar dados sensíveis ao tempo, uma vez que proporciona transparência relativamente ao momento da receção e inserção de dados na plataforma, contribuindo para uma interpretação clara e exata.

Como pode a inserção atrasada de dados influenciar a geração de alarmes?

Um atraso na inserção de dados pode comprometer a alarmística gerada, uma vez que os dados não serão analisados no momento em que foram registados.

Exemplo: um sensor com um tempo de amostragem de 5 minutos, foi configurado para gerar alarme 15 minutos após exceder os limites estabelecido. Assim, é esperado que após 3 registos fora dos limites, um alarme seja gerado.

Caso os dados deste sensor estejam a ser inseridos na plataforma com um atraso de 2 minutos em cada ponto de registo, isto quererá dizer que o alarme apenas será despoletado 21 minutos, (5 min + 2 min) x 3 leituras efetuadas, após a excedência dos limites e não os 15 minutos configurados. 

A partir de que momento deixo de receber alarmes relativos a dados em atraso?

Nenhum alarme é despoletado  para dados que sejam inseridos na plataforma com um atraso superior a 8 vezes o tempo de amostragem do sensor em causa.

Exemplo: para um sensor com um tempo de amostragem de 5 minutos, caso um ponto de dados seja inserido na plataforma 40 minutos depois do seu registo efetivo, este não será contabilizado para a alarmística configurada e nenhum alarme será despoletado mesmo que este ponto de dados tenha registado um valor fora dos limites estabelecidos.

Ainda assim, como referido anteriormente, estes dados são exibidos no gráfico com uma cor cinzenta.